Preciso saber

domingo, 8 de dezembro de 2019

Filhos retirados às mães

É na próxima quarta-feira dia 11 a votação.

O PAN que se bate pelas condições animais é o mesmo que não vê problema na obrigatoriedade da residência alternada. Mesmo com as exceções introduzidas no seu texto é preciso lembrar que não há condições de exequibilidade para que tal aconteça.

É isto que irá acontecer aos filhos e mães da raça humana em Portugal.











A natureza decidiu que os filhos são para ser cuidados pelas mães. Quantas espécies animais há em que que elas são apenas parideiras e depois criadas progenitores machos?


Há mulheres que são más mães?
Há.
Quantas?
Há pais que são bons pais?
Há.
Quantos?

Façamos umas contas simples
em 2005 (1) nasceram 104 000 (2) crianças que hoje terão 14 anos.

Destes 104 000 quantos têm os pais divorciados?
Quantos estão em situação de risco familiar?
Quantos foram violados e abusados pelas mães?
Quantos foram abusados e violados pelos pais?
Quantos foram abandonados pelas mães?
Quantos foram abandonados pelos pais?
Dos divorciados a quem a guarda das crianças foi atribuída à mãe quantas mães meteram ações em tribunal por os pais se recusarem a dar a pensão de alimentos?
Dos divorciados a quem a guarda das crianças foi atribuída ao pai quantos pais meteram ações em tribunal por as mães se recusarem a dar a pensão de alimentos?
Sabemos que estes números não podem ser lidos em bruto pois por tradição as crianças são atribuídas à mãe mas façamos as extrapolações necessárias.

Dêem-me números que provem que a residência alternada é a melhor solução para as nossas crianças.
Até lá temos que dizer que não é e que é conta natura

Há vários estudos que indicam que pode ser contraproducente para uma criança esta obrigatoriedade da residência alternada.
Mais uma vez será o juiz dono e senhor das suas decisões (tire o leite e vá lá levá-lo); ora sabendo nós como a justiça está cá no retângulo, sabendo nós da falta de técnicos devidamente formados para estas questões vai ser o caos.

Aceito perfeitamente que há pais que reivindiquem não ser meros espetadores dos seus filhos ou pais de fim de semana. Que queiram participar mais mas quantos estão em condições emocionais de o fazer?


Esta história da igualdade para o emprego que as mulheres exigem ou as condicionaram a exigir implica que elas abdiquem dessa função com as consequências por demais conhecidas das depressões em crianças.

No fundo isto é mais uma forma de fazer das mulheres escravas retirando-lhes um direito natural para lhes ser exigida a sua participação em outras dimensões da vida.
Aposto que se dessem um ordenado tipo ordenado mínimo a quem ficasse em casa com os filhos quantos homens aceitariam fazê-lo?
Quantas mulheres aceitariam?

Logicamente que teria que haver sempre o controle dentro do razoável para evitar os abusos.

Sim há que ler A História de Uma Serva de Margaret Atwood e não venham com a conversa de que é literatura como me contaram esta semana a propósito de um conto que incomodou algumas "almas humanistas".
Se a literatura não servir para imitar o real e produzir ação sobre ele para que serve?


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(1) dados do pordata
(2) para o que aqui me trás deveríamos excluir os nascimentos sem pai conhecido, de crianças orfãs... esses números sendo residuais não entro em linha de conta com eles e os que aqui apresento são meramente instrumentais para explanar o raciocínio que pretendo apresentar: decisões tomadas num suponhamos e não assentes em dados.